‘Sinais de Fogo’ consumado
O livro ‘Sinais de Fogo’ saiu da minha estante. Foram quinhentas e trinta páginas que despertaram em mim sentimentos diversos.
Na sua forma de escrever cheia de talento, o narrador embrulha-se em reflexões pessoais profundas e em angústias, introduzidas por entre o enredo, e das quais ficamos curiosos porque é uma alma completamente a nu. E todo o enredo, de um filho de Lisboa que pertence a uma família com nível económico alto, cabe dentro de umas férias de Verão de 1936, vividas na Figueira da Foz.
Na sua forma de escrever cheia de talento, o narrador embrulha-se em reflexões pessoais profundas e em angústias, introduzidas por entre o enredo, e das quais ficamos curiosos porque é uma alma completamente a nu. E todo o enredo, de um filho de Lisboa que pertence a uma família com nível económico alto, cabe dentro de umas férias de Verão de 1936, vividas na Figueira da Foz.
O livro tem retratos quase pornográficos, porque, mais que simples erotismo são exposições a cru da sexualidade. Tem uma carga machista acentuada. Alicerça-se sobre as paixões, o universo masculino, o seu desregramento. A mulher, quase sempre, assume um papel redutor, vista numa perspectiva sexual. Há uma mulher que ganha um outro relevo, por causa de uma paixão que quer tomar as formas de um amor. Mas este amor não continua, ficam as suas marcas.
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Para uma mulher que gosta da sua feminilidade, a quem agrada a magia da diferença, e que gosta de sentir, nessa diferença, estar em pé de igualdade e em complementaridade com o homem, para uma mulher assim, um livro com uma história carregada de libertinagem e insuficiente respeito feminino, tem o mérito de vislumbrar uma mente masculina e um tempo e tem a capacidade de ficar na lista de conteúdos para não levar em conta, como indicativos de valores, em algumas das suas faces. Mas, a narrativa foi saboreada, e por isso ficarão gravados fragmentos.
2 Comments:
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