O olhar ferido
A.- No outro dia o meu olho esquerdo chorou como um desalmado.
M.- Mas, porque chorou o teu olho esquerdo como um desalmado?
A.- Porque a vareta dos óculos o feriu.
M.- Foste ferida?! Ingenuidade, desatenção ou inevitabilidade?!
A.- Foi assim: enquanto os colocava, a maldita vareta, que ainda por cima está com a sua extremidade defeituosa porque não tem aquele nódulo protector, tocou no olho. Nem imaginas, durante meia hora não consegui enfrentar a claridade.
M.- Estás com sorte, há coisas que nos magoam e levam mais de meia hora até vermos alguma claridade
A. - Mas que sorte?! Estava a conduzir, por isso vê a dificuldade. Tive de parar a condução.
M.- Sim, parar faz bem. Reflectir. Não vás causar confusões a ti e aos outros, por estares com a vista pouco lúcida.
A.- Pois, mas não foi logo, tive de chegar até um local apropriado.
M.- Quanto ao local apropriado, depende também se o tempo apropriado está num intervalo de minutos ou se é exclusivamente já.
A.- Seja como for, ainda te digo mais.
M.- Diz, então.
A.- Desde esta experiência, quando coloco os meus óculos as pálpebras fecham-se instintivamente.
M.- As duas?
A.- Sim, as duas.
M.- Hum, diagnóstico preocupante. Parece que o efeito se alastrou para além da ferida inicial.
A.- Que pensas?! Fiquei magoada. O que eu sei é que tem sempre que se aprender alguma coisa.
M.- Aprender, não sei. Mas, vá lá que, apesar da mágoa causada pela vareta, continuas a colocar os óculos. Há quem, por um, desista de outro…
M.- Mas, porque chorou o teu olho esquerdo como um desalmado?
A.- Porque a vareta dos óculos o feriu.
M.- Foste ferida?! Ingenuidade, desatenção ou inevitabilidade?!
A.- Foi assim: enquanto os colocava, a maldita vareta, que ainda por cima está com a sua extremidade defeituosa porque não tem aquele nódulo protector, tocou no olho. Nem imaginas, durante meia hora não consegui enfrentar a claridade.
M.- Estás com sorte, há coisas que nos magoam e levam mais de meia hora até vermos alguma claridade
A. - Mas que sorte?! Estava a conduzir, por isso vê a dificuldade. Tive de parar a condução.
M.- Sim, parar faz bem. Reflectir. Não vás causar confusões a ti e aos outros, por estares com a vista pouco lúcida.
A.- Pois, mas não foi logo, tive de chegar até um local apropriado.
M.- Quanto ao local apropriado, depende também se o tempo apropriado está num intervalo de minutos ou se é exclusivamente já.
A.- Seja como for, ainda te digo mais.
M.- Diz, então.
A.- Desde esta experiência, quando coloco os meus óculos as pálpebras fecham-se instintivamente.
M.- As duas?
A.- Sim, as duas.
M.- Hum, diagnóstico preocupante. Parece que o efeito se alastrou para além da ferida inicial.
A.- Que pensas?! Fiquei magoada. O que eu sei é que tem sempre que se aprender alguma coisa.
M.- Aprender, não sei. Mas, vá lá que, apesar da mágoa causada pela vareta, continuas a colocar os óculos. Há quem, por um, desista de outro…
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