Uma cidade de Trás-os -Montes
A minha primeira impressão da cidade de Vila Real foi marcada pelo frio. O primeiro dia foi um dia de Dezembro. Vila Real é uma cidade fria mas ela é aquecida pelos rostos, pelas palavras e pelos gestos. Os Vila-realenses são hospitaleiros. E, por isso, obrigada… Obrigada a quem, conhecendo este lugar, desconhecido por mim, o quis mostrar e contar.
Nesse primeiro dia na cidade, vi uns objectos escuros expostos para venda nas margens de algumas ruas. Pensei que estes eram feitos de ferro. Mas, disseram-me mais tarde, estes vasos, bonecos e outras figuras, são obras de um trabalho sobre o barro negro da região.
O distrito é marcado por cores diferentes. Porque há o preto do barro, e também há o verde das predominantes serras e das predominantes escarpas. As serras erguem-se alto e em alguns sítios afundam-se em brechas. É numa dessas brechas que o rio corgo quase se deixa engolir. Um rio estreito, com pouca água e cravado bem no fundo. Do verde, são senhores o Alvão e o Marão. Serras que escondem riachos, cascatas, lagos, arvoredos, em aldeias cheias de natureza, como Lamas de ôlo.
Vila Real tem o cemitério mais bonito. Disse-mo o Rui. O Rui foi, algumas vezes o guia amador da cidade. E porque é bonito? Porque tem cedros misturados com as cruzes e fica sobranceiro ao rio. Se quisermos ver o quanto fica alto sobre o rio, ou sobranceiro em relação ao mesmo, se quisermos fotografar e guardar a imagem para criar um postal bonito, caminhamos 1 km até aos arredores da cidade e, junto à ponte velha antes de se entrar em Parada de Cunhos, conseguimos obter o que pretendemos.
Em Vila Real encontramos uma obra do estilo barroco, concebida por Nicolau Nasoni. O Palácio de Mateus reflecte-se na água do lago esverdeado. O conjunto do monumento e do seu reflexo torna a obra ainda mais bela. O palácio de Mateus é a morada da Fundação Casa de Mateus, impulsionadora de muito ricas actividades culturais. E é, também, um símbolo de nobreza, que se empresta ao rótulo e se deixa transportar pelo rótulo, de um dos vinhos das uvas da Região do Douro, o Mateus Rosé.
Vila Real faz parte, como todo o resto do Trás – os – Montes, do Reino Maravilhoso de Miguel Torga. Encontramos referências a Miguel Torga, nomeadamente através de um prémio literário. E encontramos a Casa de Diogo Cão, o navegador português.
Ainda não está concluída a minha estadia em Vila Real. Mas está muito próximo o dia em que levarei as peças que tenho no meu espaço alugado, algumas mobílias, as louças, as roupas. Ficarei feliz por regressar a casa, e guardarei a cidade e os laços com as pessoas.
Para talhar o último dia, prometeram-me um joelho da porca e umas cristas de galo. E com sabores regionais ficará completo este capítulo da minha vida.
Nesse primeiro dia na cidade, vi uns objectos escuros expostos para venda nas margens de algumas ruas. Pensei que estes eram feitos de ferro. Mas, disseram-me mais tarde, estes vasos, bonecos e outras figuras, são obras de um trabalho sobre o barro negro da região.
O distrito é marcado por cores diferentes. Porque há o preto do barro, e também há o verde das predominantes serras e das predominantes escarpas. As serras erguem-se alto e em alguns sítios afundam-se em brechas. É numa dessas brechas que o rio corgo quase se deixa engolir. Um rio estreito, com pouca água e cravado bem no fundo. Do verde, são senhores o Alvão e o Marão. Serras que escondem riachos, cascatas, lagos, arvoredos, em aldeias cheias de natureza, como Lamas de ôlo.
Vila Real tem o cemitério mais bonito. Disse-mo o Rui. O Rui foi, algumas vezes o guia amador da cidade. E porque é bonito? Porque tem cedros misturados com as cruzes e fica sobranceiro ao rio. Se quisermos ver o quanto fica alto sobre o rio, ou sobranceiro em relação ao mesmo, se quisermos fotografar e guardar a imagem para criar um postal bonito, caminhamos 1 km até aos arredores da cidade e, junto à ponte velha antes de se entrar em Parada de Cunhos, conseguimos obter o que pretendemos.
Em Vila Real encontramos uma obra do estilo barroco, concebida por Nicolau Nasoni. O Palácio de Mateus reflecte-se na água do lago esverdeado. O conjunto do monumento e do seu reflexo torna a obra ainda mais bela. O palácio de Mateus é a morada da Fundação Casa de Mateus, impulsionadora de muito ricas actividades culturais. E é, também, um símbolo de nobreza, que se empresta ao rótulo e se deixa transportar pelo rótulo, de um dos vinhos das uvas da Região do Douro, o Mateus Rosé.
Vila Real faz parte, como todo o resto do Trás – os – Montes, do Reino Maravilhoso de Miguel Torga. Encontramos referências a Miguel Torga, nomeadamente através de um prémio literário. E encontramos a Casa de Diogo Cão, o navegador português.
Ainda não está concluída a minha estadia em Vila Real. Mas está muito próximo o dia em que levarei as peças que tenho no meu espaço alugado, algumas mobílias, as louças, as roupas. Ficarei feliz por regressar a casa, e guardarei a cidade e os laços com as pessoas.
Para talhar o último dia, prometeram-me um joelho da porca e umas cristas de galo. E com sabores regionais ficará completo este capítulo da minha vida.
4 Comments:
Peço desculpa, antes de mais, por esta chamada de atençao:
O Mateus Rosé não é vinho do Douro nem sequer é lá produzido. É produzido, salvo erro, na região das Beiras, com uvas de diversas proveniências.
O Mateus Rosé foi, originariamente, produzido a partir de uvas da região do Douro. Entretanto, a empresa proprietária deste e de outros vinhos adquiriu diversas quintas localizadas em diferentes zonas de Portugal, nomeadamente no Alentejo. A história que circula entre os Vila-realenses é a de uma certa confusão que aconteceu ,à uns anos, em relação ao nome Mateus Rosé, às uvas do Douro e às uvas, salvo erro,do Alentejo. Não sei mais pormenores sobre essa confusão. Fui tentar perceber a versão verdadeira. O site da empresa www.sogrape.pt diz-nos que o vinho Mateus Rosé é feito a partir das uvas da região do Douro.
Os teus comentários ou observações são sempre bem vindos.
Sem querer ser insistente, volto a este assunto, apenas porque tenho já informação mais precisa, obtida através de fonte fidedigna. O Mateus Rosé é elaborado no centro de vinificação da Bairrrada, com uvas de várias proveniencias. Apenas não me conseguiram confirmar se a proveniência das uvas é interna ou internacional.
Não consegui descobrir a mesma informação que mencionas no site deles, mas uma das castas que eles referem na concepção de Mateus não é do Douro. A casta Baga produz-se na bairrada.
No entanto isto tudo são preciosismos. O post está muito bem escrito.
Pelo que me foi dado a perceber, há uma certa verdade em ambas as versões. Ficam as notas sobre o assunto…
Obrigada!
Nota ao meu primeiro comentário: onde está 'à uns anos', deve estar 'há uns anos' :)
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