Telefone dos amantes
Esta semana, enquanto volvia as folhas desajeitadas (como qualquer papel de jornal) do Público do dia 07 de Março, encontrei o Alexander Graham Bell. Todos sabemos quem é o Bell!!!
Na Escola contaram-nos a sua proeza, a sua importância. Mas, nesses anos, eu e os meus amigos considerávamos a sua proeza muito acessível. Demasiado acessível para existir argumento àquela importância. Porquê?! Porque nós próprios construíamos um telefone. Confesso, não o fazíamos em resultado de uma descoberta nossa. Não foi uma ideia nossa que nos levou a fazer um buraco na base de cada um de dois copos de iogurte, passar por cada um uma extremidade do fio e dar um nó para a segurar. Nem foi uma ideia nossa que nos levou a esticar o fio, colocarmo-nos distantes, falarmos para dentro do copo, de um lado, e do outro lado colarmos o ouvido à sua boca. Por isso, eu confesso que não foi uma descoberta nossa. Mas, nós próprios construímos o nosso telefone. A nossa voz foi mágica. Tão nítida, apesar da distância.
Agora, eu sei que, alguém se lembrou deste telefone dos amantes antes do telefone de Bell, e que, para além destes dois protagonistas, existiu uma terceira pessoa.
Não sei se Congresso dos Estados Unidos, apesar de uma sua resolução tomada no ano de 2002, vai conseguir que um dia 07 de Março de um ano vindouro, um jornal escreva sobre Antônio Meucci, contrariando anos de memória colectiva, e sobre ele diga que foi o inventor do telefone e o homem que interpôs uma acção judicial sobre a patente de registo do telefone de Bell.
Na Escola contaram-nos a sua proeza, a sua importância. Mas, nesses anos, eu e os meus amigos considerávamos a sua proeza muito acessível. Demasiado acessível para existir argumento àquela importância. Porquê?! Porque nós próprios construíamos um telefone. Confesso, não o fazíamos em resultado de uma descoberta nossa. Não foi uma ideia nossa que nos levou a fazer um buraco na base de cada um de dois copos de iogurte, passar por cada um uma extremidade do fio e dar um nó para a segurar. Nem foi uma ideia nossa que nos levou a esticar o fio, colocarmo-nos distantes, falarmos para dentro do copo, de um lado, e do outro lado colarmos o ouvido à sua boca. Por isso, eu confesso que não foi uma descoberta nossa. Mas, nós próprios construímos o nosso telefone. A nossa voz foi mágica. Tão nítida, apesar da distância.
Agora, eu sei que, alguém se lembrou deste telefone dos amantes antes do telefone de Bell, e que, para além destes dois protagonistas, existiu uma terceira pessoa.
Não sei se Congresso dos Estados Unidos, apesar de uma sua resolução tomada no ano de 2002, vai conseguir que um dia 07 de Março de um ano vindouro, um jornal escreva sobre Antônio Meucci, contrariando anos de memória colectiva, e sobre ele diga que foi o inventor do telefone e o homem que interpôs uma acção judicial sobre a patente de registo do telefone de Bell.
2 Comments:
E para se ouvir melhor, nós costumávamos passar cera de vela sobre o fio :)
Bj
Sim, é verdade! Eu não recordei esse pormenor. ;)
Bj
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