Aperto de mão
Apertaram-me a mão. Não uma aperto suave, como quem sente ternura. Não um aperto robusto, como quem nos impele ao ânimo. Não um aperto por pontas, como quem está a perder um tempo seu. Mas um aperto comprimido, que amolga os dedos uns contra os outros e faz sentir os nódulos dos nossos ossos se machucarem mutuamente. Um aperto de mão como quem, silenciosamente, faz uma ameaça.
2 Comments:
Mesmo assim ainda continuo a preferir um desses àqueles que estão a «perder um tempo seu».
Bjs
Também prefiro a ameaça mais explicita que, o que esconde o frete do «perder um tempo seu».
Bj
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