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quinta-feira, julho 26, 2007

Serviços farmacêuticos

Há de tudo como na farmácia. Esta frase aplica-se especialmente à farmácia que eu visitei nos últimos dias. Para além de medicamentos, existe neste estabelecimento uma enfiada de serviços pouco habituais. As pessoas chegam e demoram-se para além do tempo necessário para a compra dos medicamentos. Demoram-se a conversar. Algumas tomam lá a sua medicação, com acompanhamento do farmacêutico ou dos seus funcionários. Não porque a medicação tenha que ser tomada lá, mas porque algumas pessoas idosas e que vivem sozinhas precisam que alguém lhes dê o medicamento na mão ou na boca para não acontecer um engano. Portanto, eu apercebi-me dos serviços prestados para além dos que constam da actividade económica registada pelo farmacêutico, serviços estes gratuitos.
Hoje o serviço mais notório foi a busca da carteira perdida. Uma senhora velhinha, que acabara de chegar, começou a falar. Ela perdeu a carteira. Ou qualquer coisa parecida com isso, porque ela dizia coisas que no seu conjunto se tornavam confusas: ora dizia que tinha dinheiro dentro da carteira, ora dizia que tinha só documentos, ora dizia que era apenas a carteira, ora dizia qualquer coisa que andava á volta disto.
A velhinha era conhecida da casa pois o farmacêutico, um senhor jovem e atencioso que até habita numa cidade grande mas faz mais de 100 km para prestar serviços de farmácia nesta aldeia pequena, diz-lhe que ela hoje esqueceu-se de vir tomar as gotas, pela manhã. – Fui à vila. - Mas foi á vila sozinha, em dia de feira? Não devia ter ido.
Ela acabou por dizer que queria que o senhor jovem contactasse a instituição bancária onde poderia estar a carteira, a instituição onde ela talvez tenha ido levantar o dinheiro. Mas continuava a não saber se era a carteira ou se era o dinheiro ou se eram os documentos. De facto, o que ela dizia era confuso e o farmacêutico tentou torná-lo o mais possível claro, mas antes de fazer o telefonema ele já sabia que este era inútil.
Esta particular história concluiu-se com a velhinha mais reconfortada, depois de uns momentos de prosa.

4 Comments:

Blogger Pitucha said...

São tão importantes os contactos humanos, não são?
Beijos

27/7/07 08:41  
Blogger Maria Miriam said...

Olá,
Concordo contigo, pitucha.
E esta farmácia é um ponto de encontro.
Bjs

27/7/07 22:14  
Blogger Maria Miriam said...

Olá,
Concordo contigo, pitucha.
E esta farmácia é um ponto de encontro.
Bjs

29/7/07 21:02  
Blogger Maria Miriam said...

A repetição do meu comentário deve-se ao blog, que se baralhou e que me baralhou a mim também :)

29/7/07 21:05  

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