A Memória, Edgar Morin e a Amígdala
Um livro de Edgar Morin
Ouço na rádio uma notícia que cativa minha atenção. A Fundação Bial promove o simpósio “Aquém e Além Cérebro”. Este simpósio inclui a matéria «onde é que a memória é armazenada e como é evocada». Sou levada, pelas memórias fragmentadas, a anos atrás. Eu estudava um livro de Edgar Morin (As Grandes Questões Do Nosso Tempo, Editorial Noticias). Oh livrinho difícil! Aconteceu no contexto de um percurso educativo que acabei por abandonar antes de concluído. Achei tanto de fascinante como angustiante, a dissecação das Questões feita por este Sociólogo e Filósofo. O livro, cujas páginas hoje já estão debulhadas mas ainda embrulhadas sob a capa azul e cinzenta com palavras escritas a vermelho, tem algumas frases sublinhadas a lápis e, entre outros temas, fala sobre: a dúvida em relação ao testemunho e nomeadamente o nosso próprio testemunho; a componente alucinatória na percepção; a caixa preta que é nosso cérebro, que não vê as coisas directamente mas obtêm-nas por tradução; o processo inconsciente que selecciona o que vai para a memória de longa duração; a recordação roída pela traça.
Um livro difícil mas que pode ser bem interessante.
Amígdala?!
Vou mais longe na minha pseudo dissecação e descubro que o nosso cérebro está dividido em três campos de memória, os quais são exemplificados através da máquina computador.
O hipocampo é o monitor.
Segue-se na cadeia de armazenagem a, aparentemente estranhíssima, amígdala… Sim, a amígdala ou tonsila! A glândula que tem a forma e o tamanho de uma amêndoa, e está em cada lado da garganta. Que também se sujeita a adoecer, tanto que, quando eu era criança e minha prima foi operada a ela, guardei como verdade isso ser resultado da dor de garganta.
O máximo que eu pensaria seria a amígdala estar associada á memória dos paladares. Mas não, ela armazena informação. E mais curiosa ainda, consulto o livro “Cérebro e Sistema Nervoso Central” das Selecções do Reader’s Digest e que diz assim: “A paragem seguinte da informação é na amígdala, que contribui para lhes dar uma dimensão emocional. É o equivalente mental de anotar endereços dos sítios onde encontramos a informação ou as razões que nos levaram a consulta-los.”
Por fim, sem grande choque em relação ao termo adoptado, o disco rígido do nosso cérebro chama-se córtex.
Que dia tão instrutivo! Espero amanhã não estar esquecida disto tudo…
Ouço na rádio uma notícia que cativa minha atenção. A Fundação Bial promove o simpósio “Aquém e Além Cérebro”. Este simpósio inclui a matéria «onde é que a memória é armazenada e como é evocada». Sou levada, pelas memórias fragmentadas, a anos atrás. Eu estudava um livro de Edgar Morin (As Grandes Questões Do Nosso Tempo, Editorial Noticias). Oh livrinho difícil! Aconteceu no contexto de um percurso educativo que acabei por abandonar antes de concluído. Achei tanto de fascinante como angustiante, a dissecação das Questões feita por este Sociólogo e Filósofo. O livro, cujas páginas hoje já estão debulhadas mas ainda embrulhadas sob a capa azul e cinzenta com palavras escritas a vermelho, tem algumas frases sublinhadas a lápis e, entre outros temas, fala sobre: a dúvida em relação ao testemunho e nomeadamente o nosso próprio testemunho; a componente alucinatória na percepção; a caixa preta que é nosso cérebro, que não vê as coisas directamente mas obtêm-nas por tradução; o processo inconsciente que selecciona o que vai para a memória de longa duração; a recordação roída pela traça.
Um livro difícil mas que pode ser bem interessante.
Amígdala?!
Vou mais longe na minha pseudo dissecação e descubro que o nosso cérebro está dividido em três campos de memória, os quais são exemplificados através da máquina computador.
O hipocampo é o monitor.
Segue-se na cadeia de armazenagem a, aparentemente estranhíssima, amígdala… Sim, a amígdala ou tonsila! A glândula que tem a forma e o tamanho de uma amêndoa, e está em cada lado da garganta. Que também se sujeita a adoecer, tanto que, quando eu era criança e minha prima foi operada a ela, guardei como verdade isso ser resultado da dor de garganta.
O máximo que eu pensaria seria a amígdala estar associada á memória dos paladares. Mas não, ela armazena informação. E mais curiosa ainda, consulto o livro “Cérebro e Sistema Nervoso Central” das Selecções do Reader’s Digest e que diz assim: “A paragem seguinte da informação é na amígdala, que contribui para lhes dar uma dimensão emocional. É o equivalente mental de anotar endereços dos sítios onde encontramos a informação ou as razões que nos levaram a consulta-los.”
Por fim, sem grande choque em relação ao termo adoptado, o disco rígido do nosso cérebro chama-se córtex.
Que dia tão instrutivo! Espero amanhã não estar esquecida disto tudo…
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Corrigenda
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Apartir do comentário do 'zumbido' , andei a indagar, para concluir agora, neste texto, a diferença entre a amígdala do cérebro e as amígdalas da garganta, que foram erradamente confundidas na minha investigação escrita acima .
A amígdala do cérebro é a memória das emoções. Os estimulos sensoriais externos são traduzidos em sinais eléctricos e a amígdala comunica com os sistemas sensoriais do cortex através das suas extensas conexões. As amígdalas, na garganta, são outro orgão, constituídas por tecido linfóide que contém células de defesa do nosso organismo, e agrupam as amígdalas palatinas que estão em cada lado da parte posterior da língua; a amígdala faríngea que está na parte mais superior da faringe, ao mesmo nível do nariz; e as amígdalas linguais que estão na parte mais posterior da língua.
Apartir do comentário do 'zumbido' , andei a indagar, para concluir agora, neste texto, a diferença entre a amígdala do cérebro e as amígdalas da garganta, que foram erradamente confundidas na minha investigação escrita acima .
A amígdala do cérebro é a memória das emoções. Os estimulos sensoriais externos são traduzidos em sinais eléctricos e a amígdala comunica com os sistemas sensoriais do cortex através das suas extensas conexões. As amígdalas, na garganta, são outro orgão, constituídas por tecido linfóide que contém células de defesa do nosso organismo, e agrupam as amígdalas palatinas que estão em cada lado da parte posterior da língua; a amígdala faríngea que está na parte mais superior da faringe, ao mesmo nível do nariz; e as amígdalas linguais que estão na parte mais posterior da língua.
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As minhas 'penitências' pelo equívoco... Sou uma leiga na matéria.
As minhas 'penitências' pelo equívoco... Sou uma leiga na matéria.
2 Comments:
A amígdala da garganta, ou tonsila, não tem nada a ver com a amígdala cerebral... a não ser talvez a forma de amêndoa...
Obrigada, pela dica.
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