O sino da minha aldeia tocou…
O seu som foi nítido. Chegou até bem mais perto da minha casa do que habitualmente. - Por causa do vento que vem de baixo – Diz minha vizinha. E continua – é sinal de chuva. Estas sabedorias tradicionais são muito úteis. Mas eu, ainda desconfiada (da chuva!), olhei o céu... também ele me disse que ela vinha.
O sino é um conterrâneo muito dedicado à comunidade. Toca de meia em meia hora nas 24 horas do dia, dos 365 ou 366 dias do ano. Em badaladas insípidas, é verdade, mas esta lá, fiel. Quando domingueiro, ele repica festivamente. Apressa as pessoas para se dirigirem ao templo, para o diálogo com o pároco, em ritual de vozes, ora o pároco ora a multidão em uníssono imperfeito.
Hoje o sino da minha aldeia tocou. Deu dois toques curtos, ganhou fôlego, durante uma pausa que nos deixou apreensivos, e baloiçou cavando fundo, num som pesado e sombrio, vezes e vezes que eu não consegui contar por estar absorvida pela cor fúnebre da sua melodia.
O sino é um conterrâneo muito dedicado à comunidade. Toca de meia em meia hora nas 24 horas do dia, dos 365 ou 366 dias do ano. Em badaladas insípidas, é verdade, mas esta lá, fiel. Quando domingueiro, ele repica festivamente. Apressa as pessoas para se dirigirem ao templo, para o diálogo com o pároco, em ritual de vozes, ora o pároco ora a multidão em uníssono imperfeito.
Hoje o sino da minha aldeia tocou. Deu dois toques curtos, ganhou fôlego, durante uma pausa que nos deixou apreensivos, e baloiçou cavando fundo, num som pesado e sombrio, vezes e vezes que eu não consegui contar por estar absorvida pela cor fúnebre da sua melodia.
3 Comments:
Escreves muito bem.
continuando o raciocínio: escreves muito bem, tens ritmo, como as badaladas do sino da tua aldeia...
É bom ler teu comentário...
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